A Polícia Civil do Amazonas (PC-AM), por meio da por meio da 45ª Delegacia Interativa de Polícia (DIP) de Urucará, (a 261 quilômetros de Manaus), deflagrou, nesta quarta-feira (18/06), a Operação Prodita Est Fallacia, que culminou na prisão preventiva de Adauto Serrão de Melo, de 37 anos e Jorge Alfaia dos Santos, de 28 anos, pelo homicídio qualificado de Raimundo Jair Brandão, no dia 26 de dezembro, de 2024, naquele município.
De acordo com o delegado Mateus Imperatriz Moreira, a operação foi deflagrada após Jorge Alfaia comparecer à delegacia para registrar um Boletim de Ocorrência (BO) alegando que estava sendo caluniado por uma pessoa da Comunidade Sororoca, zona rural do município, que afirmava que ele havia matado alguém. No entanto, as investigações revelaram que ele, junto com Adauto, estavam envolvidos em um homicídio.
“Durante a investigação a equipe investigativa obteve elementos robustos de autoria e materialidade no crime, contra a vítima, solicitamos à Justiça pela prisão preventiva deles, que foi decretada. E na madrugada de hoje nós demos cumprimento a ordem judicial, que foi iniciada após uma representação”, explicou Mateus Imperatriz.
O delegado detalhou ainda que o crime ocorreu um dia após o natal do ano passado, quando os suspeitos e a vítima estavam ingerindo bebidas alcoólicas, se desentenderam, e culminou no trágico acontecimento. O crime foi de extrema violência, Raimundo foi brutalmente agredido com socos e pauladas, desmaiou e foi arrastado até a margem do rio, onde foi esfaqueado. Após isso, os autores jogaram o corpo no rio e observaram enquanto ele era atacado por candirus, peixes carnívoros que habitam o local.
Operação Prodita Est Fallacia
O delegado explicou que a expressão, em latim, significa ‘a fraude foi descoberta’, refere-se ao fato de que, após as investigações, ficou claro que Jorge realmente cometeu o crime, e não se tratava de uma simples calúnia, como ele havia afirmado.
Procedimentos
Jorge Alfaia e Adauto Serrão de Melo responderão pelo crime de homicídio qualificado, em razão da brutalidade e crueldade com que a vítima foi assassinada. Eles passarão por audiência de custódia e ficarão à disposição da Justiça.