“Um Estado e município ricos, mas que voltaram as costas ao seu povo, especialmente aos mais vulneráveis”. A frase foi dita pela Professora Maria do Carmo, pré-candidata ao Governo do Amazonas, ao criticar a situação de abandono do Centro Histórico de Manaus e o crescente número de pessoas em situação de rua.
Nesta semana, a trágica morte de um homem que ficou empalado nas grades da igreja Nossa Senhora dos Remédios, ao tentar furtar uma fiação de cobre, chocou os manauaras e, novamente, trouxe à tona a ausência do poder público na região e a ineficiência da política de acolhimento à população de rua.
Dados recentes do CadÚnico revelaram que mais de 2.400 pessoas se autodeclararam em situação de rua na capital amazonense. “Nosso Centro virou, lamentavelmente, abrigo para moradores de ruas, dependentes químicos, sem que se tome providências para amenizar ou cuidar desse assunto. Não temos abrigos, somente casas de passagem cujo atendimento é insuficiente”, denuncia a Professora em vídeo publicado nas ruas redes sociais.
Ela destaca, ainda, que o atendimento à população de rua tem sido feito, basicamente, por pessoas caridosas, pelas pastorais do povo de rua e pelas igrejas. “Onde está o nosso poder público que não faz o básico pelo seu cidadão?”, questiona Maria do Carmo.
“Isso é inaceitável! Enquanto o prefeito finge não ver, milhares enfrentam o abandono, a fome e a violência todos os dias. Não se trata apenas de números, são vidas sem visibilidade pela falta de gestão humanizada. É urgente criar políticas reais de acolhimento, reinserção social e acesso à saúde, educação e trabalho”, defende a pré-candidata ao Governo do Estado.
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