Com o compromisso de intensificar o incentivo à amamentação, a Prefeitura de Manaus, por meio da Secretaria Municipal de Saúde (Semsa), iniciou, nesta sexta-feira, 1º/8, a “Semana do Bebê”, como parte da campanha Agosto Dourado, movimento anual que promove e defende o aleitamento materno.
A mobilização iniciou na Unidade de Saúde da Família (USF) Walid Aziz, no Parque Mosaico, que está sob a área de abrangência do Distrito de Saúde Oeste (Disa Oeste). A metodologia adotada para a abordagem do tema central e dos subtemas relacionados ao Agosto Dourado, foi a roda de conversa. Usuárias gestantes, lactantes, avós, parceiros e outros familiares participaram das discussões e esclareceram suas dúvidas acerca da amamentação.
A chefe do Núcleo Atenção à Saúde da Criança e Adolescente, enfermeira, Janaína Sá Terra, explicou que a atividade foi elaborada de modo a contemplar os aspectos que envolvem a amamentação, enfocando as dificuldades e os desafios que cercam esse ato.
“Nós reunimos várias áreas técnicas como a Saúde da Mulher, a Saúde da Criança, Saúde Bucal, Saúde do Homem, Nutrição, para que os servidores de cada área ressaltem como a amamentação traz benefícios que se refletem na vida da criança, na saúde da mãe, nos familiares. Aproveitamos também para esclarecer as dúvidas de todos sobre como todos devem agir e podem contribuir para criar um ambiente favorável para que essa mãe amamente seu filho”, assinalou.
Um dos pontos que mais chamaram a atenção na roda de conversa foi a “pega na mama”, que é a forma correta de amamentar os bebês, conhecendo as técnicas de segurar e posicionar a criança para garantir que ela se alimente de forma confortável sem machucar as mamas da mãe.
A enfermeira Mara Varela, técnica do Núcleo de Saúde da Criança e do Adolescente, que também demonstrou as técnicas corretas para facilitar a amamentação e evidenciou que há uma tendência em idealizar o aleitamento materno como um ato perfeito, sem dificuldades.
“Nosso objetivo foi quebrar essa ideia trazendo para a roda de conversa que há dificuldades que a mãe vai encarar principalmente no primeiro mês. O bebê pode demorar para mamar, ou quando mamar, vai querer logo em seguida, mamar novamente, e isso não significa que o leite da mãe é fraco ou que não é suficiente. Haverá situações em que ele vai passar a madrugada querendo mamar, o que é normal, se considerarmos que o hormônio da prolactina é produzido durante o sono. São situações que vão exigir muito da mulher, que precisará de apoio frente a essa nova realidade”, sintetizou.
As atividades, que integram a “Semana do Bebê”, estão sendo realizadas em colaboração com as secretarias municipais de Educação (Semed) e da Mulher, Assistência Social e Cidadania (Semasc), além do Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef) e representantes da sociedade civil.
A próxima ação está planejada para a próxima sexta-feira, 8/8, às 15h, na creche Professora Luzenir Farias, com as mesmas ações de envolvimento realizadas nesta sexta-feira, na USF Walid Aziz.
No dia 13/8, será a abertura oficial da Semana do Aleitamento Materno, na USF Gebes Medeiros, localizada na avenida Pirarucu, nº 100, bairro Jorge Teixeira. A programação inclui palestras e rodas de conversa sobre paternidade responsável, rede de apoio familiar, registro civil como direito da criança e a importância de sistemas sustentáveis de apoio à amamentação.
As ações seguem ao longo do mês, com atividades educativas nas unidades de saúde da rede municipal e eventos especiais nos dias 22 e 29 de agosto. As ações acontecerão, respectivamente, na Creche Edith Monteiro Porto, localizada na rua Ibirapitinga, conjunto Oswaldo Frota, e na Escola Municipal Professora Neuza dos Santos Ribeiro, na BR-174, km 21, Ramal do Pau-Rosa, zona rural de Manaus.
Temática
A Aliança Mundial para Ação em Amamentação (Waba), organização internacional que promove e defende o aleitamento materno, definiu o tema “Priorize a Amamentação: construindo sistemas de apoio sustentáveis”, para a mobilização deste ano.
A proposta é reforçar o engajamento de todos para apoiar a mãe, criando uma rede sustentável que permita à criança ser alimentada exclusivamente com o leite materno até os seis meses de idade, conforme as recomendações da Organização Mundial da Saúde (OMS). A amamentação, no entanto, pode e deve continuar após esse período, complementada com outros alimentos, se for o desejo e de acordo com a possibilidade da mãe.