Polícia Civil prende principal suspeito de matar mulher e lançar o corpo no rio Purus, em Tapauá

Homem confessou o crime, motivado por ciúmes; buscas pelo corpo seguem sob responsabilidade do CBMAM

FOTOS: Melyssa Souza e Divulgação/PC-AM.

A Polícia Civil do Amazonas (PC-AM), por meio do Departamento de Polícia do Interior (DPI) e da 64ª Delegacia Interativa de Polícia (DIP) de Tapauá (a 449 quilômetros de Manaus), apresentou nesta segunda-feira (28/07) o resultado de uma operação que resultou na prisão de Airton Milome Queiroz, 48, principal suspeito de ter cometido o feminicídio de Antônia Vicente da Silva, 45, desaparecida desde o dia 17 de julho deste ano naquele município.

Durante coletiva de imprensa, o delegado Paulo Mavignier, diretor do DPI, destacou a atuação célere da Polícia Civil no caso, logo após tomar conhecimento do desaparecimento da vítima. Ele também ressaltou o apoio do Corpo de Bombeiros Militar do Amazonas (CBMAM), da Procuradoria Especial da Mulher da Assembleia Legislativa do Amazonas (Aleam), da Defesa Civil do Município e da Prefeitura Municipal de Tapauá.

“Foi um caso que chocou a população de Tapauá, gerando revolta. Imediatamente, o DPI mobilizou uma equipe especializada, com o apoio de cães farejadores, para auxiliar nas buscas pelo foragido. O delegado Vinícius Darrieux fez um trabalho exemplar: conduziu as investigações e obteve, junto ao Poder Judiciário, a decretação da prisão preventiva. Todos os esforços se concentraram em localizar o autor e tentar encontrar o corpo da vítima, assassinada covardemente”, destacou Mavignier.

Investigações

Conforme o delegado Vinícius Darrieux, da 64ª DIP, as investigações iniciaram no dia 18 de julho, após a polícia ser informada sobre o desaparecimento de Antônia, ocorrido no dia anterior. A partir disso, foram iniciadas diligências para esclarecer o caso.

“As primeiras medidas foram voltadas para a oitiva de testemunhas. Entre elas estava Airton, apontado como uma das últimas pessoas a ter contato com Antônia antes do desaparecimento. Em depoimento, ele negou conhecer a vítima, qualquer tipo de relacionamento com ela, e afirmou não ter saído de bote no dia 17”, relatou o delegado.

No entanto, segundo Darrieux, ao longo do mesmo dia, testemunhas-chave foram localizadas e ouvidas. A partir dos depoimentos, foi possível desconstruir a versão apresentada por Airton e comprovar que ele, de fato, esteve com Antônia na data do desaparecimento e mantinha com ela um relacionamento amoroso há pelo menos três anos.

“Uma das testemunhas revelou que o investigado pediu, pessoalmente, que ela mentisse à polícia, com a intenção de forjar um álibi. Diante desses elementos e do achado de substâncias compatíveis com sangue no bote de Airton, devidamente apreendido, representei pela prisão preventiva, que foi prontamente decretada pela Justiça”, explicou o delegado.

Após diligências mais intensas e cruzamento de informações, a polícia localizou Airton na comunidade Tambaquizinho, zona rural do município. O mandado de prisão foi cumprido na sexta-feira (25/07), e homologado em audiência de custódia. O suspeito agora está à disposição da Justiça.

“A principal linha de investigação aponta que o crime tenha sido motivado por ciúmes, possivelmente em razão de um suposto envolvimento amoroso da vítima com outro homem. As buscas pelo corpo estão sendo realizadas pelo Corpo de Bombeiros Militar do Amazonas e permanecem em andamento”, afirmou Darrieux.

Durante o interrogatório, Airton confessou o crime. Segundo seu relato, ele atraiu Antônia até seu bote, levou-a até um ponto do rio que margeia a cidade, onde a enforcou e, em seguida, lançou seu corpo nas águas.

Procedimentos

Airton responderá pelo crime de feminicídio. Ainda na sexta-feira (25/07), foi realizada a audiência de custódia, ocasião em que foi determinada sua transferência para Manaus.

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