Rússia retoma ofensiva aérea na Ucrânia. Mais de 80 mísseis terão sido disparados esta terça-feira. O alerta foi ativado em todo o país e a Força Aérea ucraniana diz a situação nas instalações energéticas é “crítica”.O presidente da UcrâniaVolodymyr Zelenskyy pediu à população para que permaneça abrigada e garantiu que os técnicos estão a trabalhar para restabelecer a energia.
Há registo de ataques em 12 regiões diferentes, incluindo Kiev e Kharkiv, as duas maiores cidades, e Lviv, perto da fronteira com a Polónia.
O governo ucraniano diz que os mísseis danificaram sobretudo a rede elétrica, já seriamente comprometida, mas atingiram também vários edifícios residenciais, incluindo na capital.
Ucrânia envia novo recado para o G20
Kiev pede uma “reação de princípio” do G20. O ministro ucraniano dos negócios Estrangeiros envia também uma mensagem para os líderes reunidos em Bali. Dmytro Kuleba considera que o ataque é a resposta da Rússia sobre negociações de paz e pede que “parem de propor que a Ucrânia aceite ultimatos russos”.
Russian missiles are killing people and ruining infrastructure across Ukraine right now. This is what Russia has to say on the issue of peace talks. Stop proposing Ukraine to accept Russian ultimatums! This terror can only be stopped with the strength of our weapons & principles.
— Dmytro Kuleba (@DmytroKuleba) November 15, 2022
Nova retirada russa no sul da Ucrânia
O barulho dos bombardeamentos contrasta com o silêncio de Nova Kakhovka. A cidade está ainda sob ocupação russa, mas foi evacuada esta terça-feira, face ao avanço das tropas ucranianas.
Moscovo continua a difundir uma visão alternativa da guerra. De acordo com o ministério russo da Defesa, a operação corre conforme planeado e as tropas fizeram progressos na província de Donetsk, com novas localidades libertadas.
É o contrario do que acontece em Kherson. A retirada das tropas russas permitiu que famílias separadas pela guerra se reencontrassem. O conflito não terminou, mas nos gestos destes ucranianos cada abraço é uma vitória.