O filho do líder fundador do Hamas quebrou o silêncio sobre a sua decisão de denunciar o grupo terrorista depois de se voltar contra a sua própria família e se converter ao cristianismo, sugerindo que Israel “explorasse o uso de gás” para tirar o Hamas dos túneis em Gaza.
Mosab Hassan Yousef, que espionou a favor dos israelenses e buscou asilo nos EUA, falou sobre sua decisão de deixar para trás a vida de terror e explicou o que acredita que Israel deveria fazer durante “FOX & Friends” na quinta- feira .
Yousef disse a Brian Kilmeade da Fox News que Israel deveria explorar o uso de gás depois de evacuar civis em Gaza.
“Parece horrível, mas não vejo outra opção. Os túneis estão interligados e o gás pode ser uma das soluções. que está preparado para este tipo de guerra. E o mais importante, precisamos tirar os civis de cena. Enquanto houver civis lá, a operação poderá estar incompleta”, disse ele.
Mas Yousef disse que o verdadeiro culpado nos bastidores é o Irão – um conhecido patrocinador do grupo terrorista.
O ministro das Relações Exteriores do país postou um tweet ameaçador na quarta-feira que dizia que o tempo está “se esgotando” para Israel.
“O Irã é o verdadeiro mestre neste cenário”, disse Yousef. “O Hamas não serve o povo palestino, o Hamas serve o Irã. Esses são os mestres do Hamas. Portanto, a mentira deles sobre o nacionalismo, de que são um movimento nacional… Eles estão usando o povo palestino como escudo humano.”
Yousef também falou sobre sua decisão de se voltar contra sua família e se tornar cristão.
“Nasci no seio da liderança do Hamas… e conheço-os muito bem. Eles não se importam com o povo palestino. Eles não consideram a vida humana”, disse Yousef a Kilmeade.
“Vi a brutalidade deles em primeira mão em 1996, quando passei cerca de um ano e meio na prisão de Megiddo… Eles mataram tantos palestinianos nessa altura, e foi aí que decidi que não posso estar junto com este movimento.”
“Tive que ser honesto comigo mesmo. Embora o Hamas me desse vantagens… eu era como um príncipe naquele mundo… mas não gostava delas”, continuou ele. “Virei-me até contra o meu próprio sangue… porque é assim que não gosto do Hamas e hoje, 25 anos depois, eles são os governantes de Gaza e vemos o que são capazes de fazer.”
As suas declarações foram feitas quase duas semanas depois de o grupo terrorista ter levado a cabo um massacre nas comunidades fronteiriças israelitas , assassinando e desmembrando civis, incluindo crianças, e fazendo reféns.
Também alegadamente têm mais de 200 reféns detidos em Gaza, que enfrenta atualmente uma terrível escassez de alimentos, água e medicamentos.
Israel declarou guerra pouco depois e as Forças de Defesa de Israel (IDF) negociaram ataques aéreos com o Hamas, uma vez que uma invasão terrestre continua iminente.
“O Hamas não é um movimento nacional. O Hamas é um movimento religioso com o objetivo de estabelecer um Estado islâmico”, disse Yousef. “Eles não se importam com o nacionalismo. Na verdade, são contra o nacionalismo. Mas o meu entendimento é que eles estão a usar a causa palestiniana apenas para alcançar os seus objectivos, por isso o objectivo a longo prazo… [é] transformar o Médio Oriente e o mundo em um estado islâmico. “
“Precisamos libertar Gaza do Hamas”, continuou ele. “Israel… está fazendo o maior favor ao povo palestino ao derrubar o Hamas.”
Pelo menos 4.800 pessoas foram mortas em ambos os lados desde o início da guerra no início deste mês, incluindo pelo menos 30 americanos.
