Maria do Carmo e Rosses oferecem orientação jurídica a ambulantes que se sentirem prejudicados por operação no Centro de Manaus.

A pré-candidata ao governo e o vereador estiverem reunidos com um grupo de trabalhadores clamando por apoio e denunciando abusos do poder público.

“Não somos bandidos. Temos família. Somos trabalhadores que foram humilhados e agredidos pela Prefeitura, o desabafo feito por Edmilson Bastos da Silva, que cuida de um galpão na rua Frei José dos Inocentes, foi um grito de socorro dele e de todos os vendedores ambulantes que atuam no Centro e foram vítimas da operação da Prefeitura de Manaus, que visa promover o ordenamento da região, mas tem sido marcada por inúmeras denúncias de agressão e crimes que ferem os direitos dos cidadãos.

Na tarde desta sexta-feira, 8/8, a pré-candidata ao Governo do Amazonas pelo Partido Liberal, Professora Maria do Carmo, e o vereador Coronel Rosses, seu colega de partido, estiveram reunidos com um grupo de trabalhadores na rua Frei José dos Inocentes, palco das chocantes cenas de agressão, inclusive a idosos, que circulam nas redes sociais. Eles foram procurados pelos vendedores que já não sabiam a quem recorrer.

“A requalificação do Centro de Manaus é urgente e necessária, apresentamos proposta para isso nas eleições do ano passado, mas não do jeito que está sendo feita pela prefeitura. É preciso, antes de tudo, olhar para as pessoas, dar amparo, capacitação e oportunidade de trabalho digno. É lamentável o que está acontecendo”, disse Maria do Carmo.

A Professora também criticou as declarações dadas pelo prefeito David Almeida (Avante) nas entrevistas pós-operação no Centro. “Ele coloca como se todos fossem bandidos, pior, estimula o ódio aos estrangeiros. Isso é um absurdo. Conheço muitos trabalhadores e pais de famílias haitianos e posso dizer que são dignos e buscam ganhar a vida com honestidade. Não se pode falar isso das pessoas”, afirmou, considerando xenofóbicas falas feitas pelo prefeito em veículos de comunicação locais.

Além de lembrar da audiência pública proposta por ele para tratar das questões sociais, de infraestrutura e segurança do Centro, que foi negligenciada pela Prefeitura de Manaus, o vereador Coronel Rosses também falou da ação conjunta que seria realizada entre governo, prefeitura e Câmara Municipal, que estava sendo organizada por ele, mas foi cancelada pelo município.

“Apresentamos várias soluções, inclusive o case de sucesso do que foi feito na ‘Cracolândia’ de São Paulo, com dados que nos foram passados pelo vice-prefeito Mello Araújo, que nós adaptamos para Manaus, mas a prefeitura jogou tudo no lixo”, lamentou Rosses.

O vereador destacou ainda, que o Executivo municipal deveria estar ao lado da população, mas a cada dia mostra que “virou as costas para o povo”.

Apoio jurídico para orientações

Depois de ouvirem os relatos de revolta e tristeza dos vendedores ambulantes do centro de Manaus, a pré-candidata ao governo e o vereador do PL-AM colocaram suas equipes jurídicas à disposição dos trabalhadores para orientá-los na defesa de seus direitos contra os abusos do poder público.

Ao fim do encontro, Coronel Rosses colocou a Comissão de Segurança Pública da Câmara Municipal de Manaus à disposição dos trabalhadores.


Nota da Prefeitura de Manaus

Em operação integrada da Prefeitura de Manaus, equipes de fiscalização identificaram e lacraram um depósito clandestino, na manhã desta quinta-feira, 7/8, na rua Henrique Antony, no Centro. O local armazenava irregularmente equipamentos, carrinhos de comida e manejava produtos alimentícios fora da validade, sob condições totalmente insalubres. Durante a ação, três guardas municipais foram agredidos.

No local, onde era produzido também suco e salgados sem quaisquer equipamentos de segurança, foram encontrados pombos e ratos. A ação, que integra o “Mutirão no Bairro” foi coordenada pela Secretaria Municipal de Agricultura, Abastecimento, Centro e Comércio Informal (Semacc), com apoio da Vigilância Sanitária e Secretaria Municipal de Segurança Pública e Defesa Social (Semseg), para promover limpeza, organização e ordenamento urbano, garantindo mais segurança sanitária para a população.

Os ambulantes podem buscar o departamento de Comércio Informal, da Semacc, na rua General Glicério, s/nº, bairro Cachoeirinha, zona Sul, altos do mercado Walter Rayol, portando toda a documentação necessária para a regularização das atividades. Dentro do “Mutirão no Bairro”, a Secretaria Municipal do Trabalho, Empreendedorismo e Inovação (Semtepi) também atua na galeria dos Remédios, na rua Miranda Leão, 82, Centro, com intermediação de emprego a partir do Sine Manaus.

Segurança

No decorrer da operação, parte dos ambulantes reagiu de forma violenta à ação fiscalizatória. Três agentes da Guarda Municipal foram agredidos com pedras lançadas pelos envolvidos na manifestação e sofreram ferimentos. Os servidores receberam atendimento médico e passam bem.

Durante a fiscalização, os agentes da Guarda Municipal atuaram exclusivamente na preservação da segurança dos fiscais e no ordenamento do espaço público, garantindo o bom andamento da operação e a integridade dos servidores municipais. Ressalta-se que a função da Guarda Municipal é manter a ordem no local e resguardar os agentes da prefeitura, não sendo de sua competência a apreensão de materiais.

A Prefeitura de Manaus repudia veementemente a agressão sofrida pelos servidores municipais no exercício das suas atividades e reforça que toda intervenção tem compromisso com a saúde pública, o ordenamento urbano e o respeito às normas sanitárias, garantindo o bem-estar e proteção da população de Manaus.

Trânsito

Em razão do movimento decorrente da operação, o Instituto Municipal de Mobilidade Urbana (IMMU) precisou alterar, temporariamente, o tráfego de ônibus na região. No entanto, por volta das 11h, todas as vias já estavam liberadas e com fluxo normal do trânsito.

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