Cerca de 80 famílias são retiradas de terreno na Zona Oeste de Manaus

Aproximadamente 80 famílias foram retiradas na manhã desta quinta-feira (20) de uma ocupação irregular situada ao lado do conjunto Cidadão 10, na Zona Norte de Manaus, durante uma reintegração de posse no local. A ação na comunidade, que é chamada de Nova Canaã, iniciou por volta das 6h. Os moradores afirmam terem sido enganados por um estelionatário, que arrecadou cerca de R$ 5 mil deles afirmando que não seriam despejados.

A retirada das famílias foi feita por um conjunto de órgãos de Segurança Pública. De acordo com o capitão da Ronda Ostensiva Cândido Mariano (Rocam), Héber Ribeiro, não houve nenhum tipo de resistência, mas policiais da Rocam e Força Tática permaneceram no local até o final dos trabalhos para que não acontecesse, segundo ele, qualquer tipo de represália contra os trabalhadores que conduziam as máquinas.


Segundo os moradores da ocupação, o estelionatário havia afirmado que as famílias não seriam retiradas durante a reintegração de posse do terreno, que pertencente a um grupo católico. Segundo a dona de casa Sandra Nascimento de Souza, de 45 anos, que precisou colocar os móveis dela na beira da rua, um homem que dizia ser advogado, identificado apenas como Josué, pediu uma quantia em dinheiro dos moradores afirmando que não seria verdadeiro o ofício de reintegração de posse entregue por um oficial de justiça na última terça (18).
Segundo a moradora, o homem disse que iria regularizar a situação dos do terreno, que oficialmente pertence à Inspetoria Salesiana Missionária do Amazonas (Isma). Os proprietários do local conseguiram, em abril deste ano, a retomada de posse de reintegração, após decisão do juiz Roberto de Aragão Filho. A Defensoria Pública do Estado esteve no local para fazer a vistoria dos procedimentos.

Muitas famílias permaneciam no local até a saída da reportagem do Portal A Crítica. Eles exigiam que a Polícia Civil encontrasse o estelionatário. Os moradores também imploraram que houvesse comoção a eles da mesma forma como aconteceu com os desabrigados do incêndio no bairro do Educandos e que o poder público agilizasse um local para que eles construam novas moradias, uma vez que, segundo eles, as famílias já são cadastradas na Superintendência de Habitação (Suhab).

A reportagem entrou em contato com a Polícia Civil e a Suhab e espera retorno dos questionamentos.

Fonte: Portal A Crítica

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