
O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), autorizou nesta segunda-feira (23) a presença da defesa do ex-presidente Jair Bolsonaro na acareação entre Mauro Cid, ex-ajudante de ordens, e o general Braga Netto. A audiência ocorrerá nesta terça-feira (26), às 10h, no STF, no âmbito da ação penal sobre a trama golpista.
Mais cedo, o advogado Celso Vilardi, representante de Bolsonaro, havia solicitado autorização para participar da audiência, que não será aberta à imprensa nem transmitida. Moraes esclareceu que “todas as defesas dos co-réus, na presente ação penal, tem o direito de participar das acareações” e que não há necessidade de autorização prévia.
A acareação entre Cid e Braga Netto foi pedida pela defesa do general, que busca esclarecimentos sobre as acusações de que Braga Netto teria discutido o plano “Punhal Verde e Amarelo” – um suposto planejamento golpista para assassinar autoridades – e entregue dinheiro a Cid em uma sacola de vinho.
Ambos são réus na ação penal da trama golpista, e Cid também possui um acordo de delação premiada com a Polícia Federal. No início do mês, Braga Netto negou em interrogatório a Moraes ter conhecimento do plano e o repasse de dinheiro. O general está preso desde dezembro do ano passado sob acusação de obstruir investigações e tentar obter informações dos depoimentos de delação de Cid.
Moraes também autorizou uma acareação entre Anderson Torres, ex-ministro da Justiça e ex-secretário de Segurança Pública do Distrito Federal, e o ex-comandante do Exército, general Freire Gomes. Esta audiência ocorrerá às 11h, logo após a de Cid e Braga Netto. Torres também é réu no processo da trama golpista.