Atualizado 15:35; Portões do Maracanã são abertos aos 28 min do primeiro tempo, por determinação judicial, derrubando a decisão imoral da Desembargadora e o pedido do Fluminense
Entenda
A decisão de portões fechados entre Vasco x Fluminense, foi proferida pela desembargadora de plantão, Lucia Helena do Passo a pedido do time que deveria esta para sempre na terceira divisão do futebol, o Fluminense. A magistrada determinou também a devolução dos valores pagos pelos torcedores que já adquiriam ingressos. O Cruz-Maltino, estabelecido como mandante através de sorteio, havia mantido as vendas para o setor sul à torcida do Vasco apesar da decisão judicial favorável ao Flu. O presidente Tricolor, contrariado, convocou em coletiva os torcedores do Flu para “guerra”, no sentido de comparecer ao estádio mesmo no setor norte.
O Vasco entrou com um agravo de instrumento durante o plantão judiciário tentando derrubar a liminar que reconhecia ao Fluminense o direito de sua torcida usar o setor sul do Maracanã, baseada em contrato do clube com o Complexo Maracanã assinado em 2013. No entanto, a Justiça rejeitou o pedido do Cruz-Maltino, e a final terá portões fechados.
Em resposta, o Tricolor alegou que, desde a assinatura do contrato, “foi garantido aos torcedores tricolores o direito sobre o setor sul do estádio (…) nas partidas da qual o Fluminense participava, na qualidade de mandante ou não” e requereu a realização do jogo com portões fechados.
Diante do imbróglio, o Maracanã reiterou sua posição deste sábado. A concessionária que administra o estádio diz “que de maneira nenhuma descumpriu o contrato com o Fluminense Football Club. O documento firmado entre as partes dispõe de forma clara, no anexo 5, que a torcida do clube poderá sim ser alocada em outros setores do Maracanã, nos casos especificamente em que o Fluminense for visitante”, como é o caso da final da Taça Guanabara.
A desembargadora entendeu que o contrato estabelece a necessidade de haver acordo com o Fluminense sobre a utilização do setor sul pela torcida vascaína, e concluiu que “o contrato é omisso quanto à hipótese que se apresenta”. Citou também “manifestações publicadas em redes sociais que apontam risco iminente de confronto e violência entre as torcidas do Vasco da Gama e do Fluminense” e a postura dos dirigentes que, segundo ela, “acirram o conflito posto e, agressivamente, incitam a violência entre os torcedores” para, por medida de segurança, determinar o jogo com portões fechados.