Com festas e eventos suspensos por conta da pandemia da Covid-19, o deputado estadual João Luiz (Republicanos) propôs, por meio de indicação ao Governo do Estado, o remanejamento da verba da Secretaria Estadual de Cultura (SEC) e da Fundação Amazonas de Alto Rendimento (FAR) para a criação de auxílio emergencial aos profissionais de educação física e da cultura. Durante pronunciamento nesta quinta-feira (18), o parlamentar enfatizou a necessidade de agir, com celeridade, para amenizar os prejuízos das duas categorias.
“A suspensão das principais festas culturais, como Carnaval, e eventos esportivos no Estado, bem como o fechamento das academias, gerou uma enorme lacuna nos proventos e rendimentos dos profissionais de educação física e também do setor cultural, que movimenta uma imensa cadeia, desde os artistas até os catadores de recicláveis. Tenho absoluta certeza de que a criação do auxílio emergencial para os dois setores irá beneficiar muita gente afetada pelo isolamento social em decorrência da Covid-19”, justificou João Luiz.
Para embasar, ainda mais a sua proposta, João Luiz citou como exemplo a Prefeitura de Recife, que destinou os R$ 4 milhões orçados para o Carnaval da capital deste ano para os profissionais que dependem da festa para sobreviver.
“O total remanejado pela Prefeitura de Recife irá beneficiar 27 mil pessoas afetadas com a suspensão do Carnaval deste ano. Logo, acredito que, a exemplo do que está sendo implementado na capital pernambucana, o Governo do Estado poderia reverter a verba do Carnaval para atender as necessidades e amenizar os prejuízos das duas categorias no Amazonas”, completou o Republicano.
De acordo com o parlamentar, o orçamento para a Cultura em 2021 é de R$ 108,7 milhões, dos quais R$ 1,4 milhão estava previsto para o Carnaval. “Então, para evitar que esse recurso retorne para os cofres, proponho que será destinado a quem, de fato, precisa de um benefício para sobreviver neste momento”, afirmou João Luiz, ao acrescentar que a FAR tem disponível para 2021 um aporte de R$ 26,2 milhões, sendo que R$ 1 milhão está reservado para eventos esportivos, suspensos desde o ano passado.
“Estou convicto de que, diante dos fatos e com muita sensibilidade, o Governo do Estado irá analisar a nossa proposta, garantindo uma ajuda emergencial aos profissionais de educação física e de cultura”, concluiu João Luiz. Atualmente, o Estado contabiliza 13 mil profissionais de educação física cadastrados no conselho. Enquanto que o Carnaval, movimento uma cadeia composta por escolas de samba, artistas, cantores, costureiras, artesãos, catadores de recicláveis, entre outros.
*Texto: Jeane Glay*
*Foto: Mauro Smith*
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