Abandono das Escolas: A vergonha do Governo do Amazonas na Educação

O cenário da educação pública no Amazonas, infelizmente, é marcado por um preocupante descaso, evidenciado por denúncias recentes que apontam para o abandono generalizado das escolas estaduais por parte do governo. A situação, que afeta tanto a capital, Manaus, quanto o interior do estado, revela uma série de problemas estruturais e de gestão que comprometem diretamente a qualidade do ensino e o futuro de milhares de estudantes amazonenses.

Escolas em ruínas: o reflexo da má gestão
As reclamações, amplamente divulgadas por meio das redes sociais e levantadas pelo deputado estadual Wilker Barreto, pintam um quadro desolador. Escolas em São Paulo de Olivença, por exemplo, sofrem com salas de aula com goteiras, falta de climatização e a ausência de recursos básicos como impressoras e quadras poliesportivas. Em Manaus, o tradicional Colégio Amazonense Dom Pedro II clama por restauração urgente, problemas na merenda e falhas na rede elétrica. A Escola Estadual Professora Adelaide Tavares de Macedo, no bairro Alvorada, não fica de fora, com seu prédio enfrentando infiltrações e alagamentos constantes.

Esses problemas vão além do desconforto. Eles representam um obstáculo real para o processo de aprendizagem, criando um ambiente desfavorável para alunos e professores. A merenda de baixa qualidade, a falta de equipamentos e a ausência de estrutura básica são apenas alguns dos elementos que minam a capacidade das escolas de oferecer um ensino digno.

Contratos milionários versus realidade precária: onde está o dinheiro?
O que mais indigna nessa situação é a disparidade entre os altos valores investidos pelo Governo do Estado em contratos de manutenção predial, ar-condicionado e alimentação, e a realidade precária enfrentada nas escolas. O deputado Wilker Barreto questiona a destinação desses recursos, especialmente considerando que 25% do ICMS é, por lei, obrigatoriamente destinado à educação.

“É grave a situação das escolas: merenda ruim, professores mal remunerados, planos de saúde suspensos que só voltam depois de pressões, infraestrutura ruim… E para onde estão indo os bilhões?”, indaga o parlamentar. Essa pergunta ecoa a insatisfação de muitos que veem o gasto público na educação se traduzir em piora, não em melhoria. A suspeita de má gestão e corrupção paira sobre a Secretaria de Estado de Educação e Desporto do Amazonas (Seduc-AM), que, além de não entregar resultados, tem sido criticada pela falta de transparência e por não responder aos requerimentos da Assembleia Legislativa.

O futuro comprometido da juventude amazonense
O abandono das escolas é mais do que um problema de infraestrutura; é um atentado ao futuro da juventude amazonense. A educação é, para muitos jovens, a única porta para a oportunidade e a transformação social. Quando essa porta se encontra em ruínas, com goteiras e falta de recursos, as chances de um futuro melhor diminuem drasticamente.

A situação exige providências urgentes e transparentes da Seduc-AM. É fundamental que os contratos sejam investigados, que a gestão dos recursos seja clara e que as denúncias sejam apuradas com rigor. A comunidade escolar, os pais e a sociedade em geral precisam de respostas e, mais importante, de mudanças efetivas que garantam o direito à educação de qualidade para todos os jovens do Amazonas.

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