Durante os ritos finais da missa de inauguração de seu pontificado, celebrada neste domingo (18/5) na Praça de São Pedro, no Vaticano, o Papa Leão XIV declarou ter sentido uma “forte presença espiritual do Papa Francisco”.
A afirmação ocorreu na saudação final à multidão, juntamente com palavras de agradecimento aos fiéis, delegações internacionais e representantes de outras religiões que participaram da cerimônia.
Saúdo e agradeço a todos vocês, romanos e fiéis de tantas partes do mundo, que quiseram participar. Uma calorosa saudação aos milhares de peregrinos que vieram de todos os continentes por ocasião do Jubileu das Irmandades. Caríssimos, agradeço porque mantêm vivo o grande patrimônio da piedade popular. Durante a missa, senti forte a presença espiritual do Papa Francisco, que do céu nos acompanha.
Diante dessa declaração, surge a questão: o Papa Francisco já ascendeu aos céus ou estaria no purgatório? O que a Igreja Católica ensina sobre o pós-morte?
A Igreja Católica acredita na existência da alma e em seu estado consciente após a morte. Diferentemente da doutrina espírita, a Igreja não defende a comunicação com os mortos. A fé católica ensina que, após a morte, a alma é julgada por Deus e, se alcançar o perdão dos pecados, é levada ao céu, onde vive em comunhão com Deus e os santos.
A Igreja Católica professa a crença na alma imortal, na vida após a morte e no juízo final. Contudo, distancia-se da doutrina espírita em relação à comunicação com os mortos, à reencarnação e à finalidade da vida terrena.
Se o Papa Leão XIV afirmou ter sentido a presença espiritual do Papa Francisco, qual seria a diferença em relação à concepção espírita?
Fica a reflexão para os leitores e seus comentários.