O Centro Cultural Povos da Amazônia, recebe, a partir do dia 18 de junho, a exposição fotográfica “A Rota do Guaraná de Maués”. Idealizado pela fotógrafa amazonense, Aline Fidelix, a exposição busca retratar o processo de colheita e a cultura do guaraná em Maués, município conhecido regionalmente como a “Terra do Guaraná”.
Na exposição serão apresentadas imagens do forno de barro utilizado na torragem do guaraná, construído com matérias-primas da natureza pelo próprio produtor. A exposição também abordará o processo do bastão do guaraná, o consumo do “sapó” e a beleza marcante tanto do fruto quanto da cidade de Maués, durante a colheita.
A exposição oferece uma visão única sobre a cultura do guaraná em Maués, destacando aspectos do processo produtivo tradicional e a relação dos moradores com essa cultura histórica e marcante.
“A proposta é preservar essa história por meio de imagens que capturam sua essência e beleza. Além disso, contribui para a valorização do turismo local, promovendo a Rota do Guaraná, um programa turístico oferecido pelo município”, destacou Aline.
Além dos registros de Aline – que protagonizam a exposição – “A Rota do Guaraná de Maués”, conta com a colaboração das fotógrafas Laryssa Gaynett e Isabela Lorenzoni, e do fotógrafo Bruno Kelly. Além disso, o projeto também conta com a produção local de Ítalo Mamud Michiles, fundador da Agência de Turismo @experiencia.mawe, contribuindo para a divulgação da cidade e a valorização da Rota do Guaraná, um programa turístico oferecido pelo município.
O projeto
A exposição fotográfica “A Rota de Guaraná de Maués” é um projeto contemplado pelo Edital de Fomento às Artes e Cultura da Lei Paulo Gustavo 2023, com o apoio da Secretaria de Estado de Cultura e Economia Criativa. No Centro Cultural Povos da Amazônia, a exposição estará aberta ao público do dia 18 a 30 de junho, de terça a sábado, das 9h às 15h, com entrada gratuita.
Sobre os Artistas
Aline Fidelix é fotógrafa e cineasta documental manauara. Com mais de uma década de experiência, atua de forma independente, focando em pautas socioambientais, culturais e nos modos de vida de populações rurais e tradicionais da Amazônia. Seu trabalho documenta as relações entre natureza e sociedade, abordando temas como agricultura familiar, expressões culturais populares e regionais, povos e comunidades tradicionais, e iniciativas de conservação ambiental.
Laryssa Gaynett é fotógrafa e filmmaker autodidata desde 2014, especializada em contar histórias por meio de fotos e vídeos. Atualmente, Laryssa foca em registros de projetos socioambientais e atividades culturais, tendo dirigido seu primeiro documentário, “Ventre Afluente”, disponível no Globo Play, e atuado como Diretora de Fotografia no documentário “Salir Adelante”, além de participar de outros documentários independentes. Laryssa também está estruturando sua produtora independente, Aluá Filmes.
Isabela Lorenzoni iniciou sua carreira como advogada ambiental e, após vivenciar diversas realidades pelo Brasil e pelo mundo, se dedica à justiça socioambiental. Hoje, é mestra em Direitos Humanos, e atua como consultora em sustentabilidade. Maués, as sábias comunidades que lá residem, e sua imensidão cultural e ambiental, influenciaram fortemente essa trajetória.
Bruno Kelly fotógrafo formado em Jornalismo pela Universidade do Vale do Paraíba (Univap), desenvolve trabalhos ligados a temas socioambientalistas. Atua para veículos de imprensa do Brasil e do exterior e para ONGS que atuam em prol da floresta Amazônica e de suas populações tradicionais. Entre os reconhecimentos estão o prêmio HSBC/Jornalista e Cia de Sustentabilidade de 2012, com reportagem sobre o guaraná da Amazônia; o prêmio Sebrae de Jornalismo em 2014, com reportagem sobre o manejo do Pirarucu; e, mais recente, em 2024, foi menção honrosa no prêmio POY ( Pictures of the Year) Internacional de fotojornalismo, com ensaio sobre a seca dos rios do Amazonas (2023). Em 2021 lançou o livro, Arapaima, que retrata o manejo comunitário do Pirarucu, realizado pelas populações ribeirinhas do Amazonas.