O poeta e artista plástico Elpídio Nunes lança, no dia 18 de agosto, a exposição “Antes do Ângulo”. Em 20 obras, o artista de Barreirinha retrata o cotidiano ribeirinho e da natureza amazônica, com um diferencial: todas as telas foram concebidas em alto-relevo, recurso que permite a apreciação tátil e sensorial da arte tornando a exposição inclusiva para pessoas com deficiência visual. O lançamento será no Museu da Cidade de Manaus, no Centro, às 16h, com entrada gratuita.
“Antes do Ângulo” é um convite à reflexão sobre acessibilidade, percepção e sensibilidade, rompendo barreiras e ampliando horizontes. Segundo o artista, a técnica utilizada em suas obras é fruto da suas experiências com murais produzidos nesse mesmo formato, tornando possível uma nova forma de diálogo entre a arte e o público.
“Esta mostra tem como proposta não apenas a expressão estética, mas também o compromisso com a inclusão social, ao contemplar pessoas com deficiência visual, por exemplo”, afirma o poeta.
As 20 obras foram produzidas em estilos variados, representando uma infinidade de propostas, transitando do paisagismo contemplativo ao minimalismo moderno. Além disso, Elpídio destaca que o visitante, durante a mostra, poderá conferir que cada obra, além do seu nome, estará acompanhada de um poemeto, com textos inéditos também de autoria do artista, complementando a poética das telas. O texto também estará disponível para leitura em braille.
“A proposta é que cada tela seja tocada pela sensibilidade do coração. O público que for conferir, poderá tocar, sentir, ler de forma inclusiva, também por meio do braille, tornando assim uma exposição tátil”, ressalta.
Sobre o artista
Elpídio José Nunes Ferreira nasceu em Barreirinha, município localizado no Baixo Amazonas. Ainda na adolescência se mudou para a capital para continuar seus estudos. Em meados da década de 80, lança seu primeiro livro, intitulado “Sorriso do Vento”, trabalho que lhe rendeu homenagens de público e crítica, além de uma menção honrosa na Assembleia Legislativa do Amazonas.
A partir de então escreveu ainda: “Trinar das Marimbas”, em homenagem a sua terra natal; “Lágrimas das Rochas”, inspirado nas belezas do município de Presidente Figueiredo e “O Silêncio do Sereno”, escrito a partir do concurso Valores da Terra. No velho mundo, bebeu da fonte de antigos e novos poetas, em uma temporada na Europa, o que o impulsionou a escrever os seus sentimentos de saudade e sua rebeldia diante da realidade fora do seu país. Em seu retorno ao Brasil, trouxe em sua bagagem o manuscrito “Cais da Solidão”. Escreveu ainda “Lúcidos Delírios”, e “A Voz do Segredo”, lançado em 2019, onde o autor proporciona ao leitor o deleite por meio dos poemas.
Além de escritor, Elpídio Nunes é professor, artista plástico, poeta, membro da Academia de Letras e Culturas da Amazônia (Alcama), da Associação Brasileira de Escritores e Poetas Pan-Amazônicos (Abeppa), da Academia de Literatura, Arte e Cultura da Amazônia (Alaca) e Academia Internacional de Artes, Letras e Ciências (Alpas 21), onde se destaca como Poeta Comendador, e da Câmara Brasileira de Cultura.
Agora, Elpídio Nunes brinda o público com uma exposição de vanguarda intitulada “Antes do Ângulo”.
Lançamento
O espaço escolhido para sediar a exposição foi o Museu Cidade de Manaus, localizado no Centro Histórico da Cidade. A mostra conta com apoio da Prefeitura de Manaus, por meio da Fundação Municipal de Cultura, Turismo e Eventos (Manauscult) e será aberta ao público.