Brasília, Brasil – Em um episódio recente de seu programa online “Paulo Figueiredo Show”, o comentarista político Paulo Figueiredo dirigiu-se diretamente ao ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, em tom de desafio, questionando a postura do magistrado em relação a investigações judiciais.
Figueiredo iniciou sua fala com provocações sobre a “masculinidade” e a “coragem” de Moraes, especialmente no que tange a condução de inquéritos. O cerne do argumento de Figueiredo reside na suposta inconsistência da atuação do ministro. Ele desafiou Moraes a demonstrar “coerência” ao investigar o ex-presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, dado que o próprio Paulo Figueiredo e o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP) estariam sendo investigados por obstrução de justiça.
Em sua argumentação, Figueiredo enumerou uma série de ações que, em sua visão, Moraes deveria tomar se realmente acreditasse na plena aplicação da lei e na funcionalidade das instituições brasileiras:
Incluir Donald Trump nos inquéritos em curso.
Decretar a prisão preventiva de Donald Trump.
Solicitar à Interpol a inclusão de Trump na difusão vermelha, o alerta máximo para prisão de indivíduos procurados internacionalmente.
O comentarista enfatizou a premissa de que a lei deveria ser aplicada de forma igualitária a todos, sem distinções, e colocou em xeque a autonomia do STF em suas decisões.
Outro ponto de crítica levantado por Paulo Figueiredo foi a não suspensão da plataforma “Truth Social”, criada por Donald Trump. Ele mencionou a presença ativa de figuras controversas, como Alan dos Santos (jornalista e blogueiro que enfrenta questões legais no Brasil), utilizando a rede social para transmissões ao vivo. Figueiredo questionou publicamente por que Moraes não teria determinado o bloqueio da “Truth Social” no Brasil ou emitido qualquer ordem à plataforma, insinuando uma suposta hipocrisia na aplicação das medidas judiciais. De forma irônica, Paulo Figueiredo recomendou a plataforma ao público, descrevendo-a como um espaço onde se discute “várias coisas lá, antidemocráticas, essas coisas todas”, reiterando seu desafio final ao ministro: “Não é machão?”.
As declarações de Paulo Figueiredo repercutem no cenário político e jurídico brasileiro, acirrando o debate sobre a atuação do Poder Judiciário e a liberdade de expressão nas plataformas digitais.
Texto: Ronaldo Aleixo
