Adaf alerta sobre cuidados a serem adotados em casos suspeitos de Influenza Aviária

População não deve pegar, transportar ou procurar assistência veterinária para os animais por conta própria

Foto: Divulgação / Adaf

Mesmo sem nenhum caso suspeito ou confirmado de Influenza Aviária de Alta Patogenicidade no estado, a Agência de Defesa Agropecuária e Florestal do Amazonas (Adaf) reforça o alerta para que a população não manipule animais com sintomas por conta própria, devido aos riscos que isso representa à saúde humana.

A Influenza Aviária é uma zoonose (doença que pode ser transmitida de animais para humanos), que acomete aves de todos os tipos e tem grande impacto para o setor produtivo. Qualquer suspeita deve ser comunicada imediatamente à Adaf, presencialmente em um escritório local, pelo e-Sisbravet (link disponível no site da autarquia www.adaf.am.gov.br) ou, ainda, pelo WhatsApp (92) 99255-5409.

A fiscal agropecuária médica veterinária Larissa Araújo, que coordena no Amazonas o programa Nacional de Sanidade Avícola (PNSA), explica que ao avistar animais com sintomas, a pessoa não deve, em nenhuma hipótese, tentar pegar, recolher, levar para casa ou mesmo procurar assistência veterinária por conta própria.

“O comportamento normal de uma ave é se afastar com a aproximação humana. Então se a pessoa percebe que aquela ave não reage, não tenta voar ou tenta voar e não consegue, aves que andam em círculos, com pescoço torto ou sinais respiratórios são aves suspeitas”, detalha Larissa Araújo..

Nesses casos, o procedimento correto é isolar a área e notificar a Adaf de forma imediata, para que seja aberta uma investigação com o objetivo de confirmar ou descartar a contaminação. Até o momento, o Amazonas não tem nenhum caso confirmado da doença e nenhuma investigação está em curso.

“É importante lembrar que a Influenza Aviária não acomete pessoas pelo consumo de carne e ovos, mas o contato direto com aves doentes, com secreções, pode contaminar pessoas, então além de ser uma doença que causa grande impacto para a economia do país quando acomete aves comerciais, também tem uma importância para a saúde pública”, acrescenta a médica veterinária.

Em caso de morte de animais por causa desconhecida, a recomendação é que o descarte seja realizado adequadamente. “A gente pede que as aves que morrerem em quintal, em casa, sejam descartadas adequadamente, e o mais simples é enterrar. Mesmo que não seja por Influenza, deixar aves mortas em uma propriedade é uma fonte de contaminação, pode causar doença nas outras aves”, esclarece Larissa.

A Influenza Aviária de Alta Patogenicidade é causada por vírus, com alto índice de contágio e impactos severos para a avicultura.No último dia 26, a Organização Mundial de Saúde Animal (OMSA) reconheceu  o Brasil como país livre da doença, após a adoção de protocolos para a erradicação do único foco identificado em granja comercial no País, em Montenegro (RS), no dia 15 de maio.

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