A Fundação de Vigilância em Saúde do Amazonas – Dra. Rosemary Costa Pinto (FVS-RCP), da Secretaria de Estado de Saúde (SES-AM), divulga, nesta terça-feira (24/06), o informe epidemiológico de esporotricose humana e animal, uma infecção subcutânea causada por fungos do gênero Sporothrix.
O documento está disponível no site FVS-RCP (www.fvs.am.gov.br). O informe é dividido em dados de esporotricose humana e animal, notificados à FVS-RCP e é atualizado mensalmente, na última terça-feira do mês.
Esporotricose humana
No Amazonas, de 1º de janeiro até o dia 24 de junho, foram notificados 1.044 casos de esporotricose humana, sendo 815 confirmados e 141 estão em investigação. Não há óbitos relacionados à doença. Os casos confirmados correspondem a pessoas residentes em Manaus (760), Presidente Figueiredo (24), Barcelos (11), Manacapuru (5), Itacoatiara (4), Maués (4), Rio Preto da Eva (2), Careiro (1), Iranduba (1), Silves (1), Tabatinga (1) e Urucurituba (1).
Esporotricose animal
No Amazonas, de 1º de janeiro a 24 de junho, foram notificados 2.486 casos de esporotricose animal, sendo 2.331 confirmados e 1.270 em tratamento. Foram registradas 1.037 eutanásias/óbitos. A maior quantidade de animais relacionados à doença é de gatos (97,2%), seguidos de cães (2,8%). Os animais envolvidos são, em maioria (66,2%), machos.
Sobre a esporotricose
A esporotricose é uma infecção causada por fungos do gênero Sporothrix, presentes de forma natural no solo, nas cascas de árvores e na vegetação em decomposição. Esse fungo pode infectar humanos, gatos, cães e outros mamíferos.
A transmissão para seres humanos ocorre quando o fungo entra em contato com a pele ou mucosas, geralmente por meio de ferimentos causados por espinhos, lascas de madeira ou palha que estiveram em contato com vegetais contaminados. Caso haja suspeita de esporotricose em humanos, é fundamental buscar atendimento médico imediatamente.
Os animais também podem ser transmissores da doença, passando o fungo para humanos e outros animais por arranhaduras, mordeduras, lambeduras ou pelo contato com secreções respiratórias e lesões cutâneas ou nas mucosas.
Para prevenir a infecção, recomenda-se que cães e gatos não circularem nas ruas sem supervisão. Isso reduz o risco de exposição ao fungo. Se houver suspeita de esporotricose em animais, é crucial levá-los ao veterinário com urgência.