O posicionamento veemente do Governo Brasileiro, por meio do Itamaraty, em relação aos recentes ataques a instalações nucleares iranianas, reflete a firme convicção do Presidente Luiz Inácio Lula da Silva na defesa da soberania dos Estados e do direito internacional. Ao condenar os ataques de Israel e dos Estados Unidos, o Brasil não apenas reafirma seus princípios diplomáticos, mas também expressa seu apoio à integridade territorial do Irã e ao seu direito de desenvolver energia nuclear para fins pacíficos, sob as salvaguardas da Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA).
A preocupação do governo Lula com a escalada militar no Oriente Médio transcende a mera condenação dos ataques. Ela se insere em uma visão mais ampla de política externa que busca desestimular a proliferação nuclear e promover a paz através do diálogo e da negociação. A tônica na necessidade de uma solução diplomática e o alerta sobre os “danos irreversíveis para a paz e a estabilidade na região e no mundo” demonstram o compromisso do Brasil com a estabilidade global e com a não-proliferação, princípios que são caros à administração atual.
O repúdio a ataques recíprocos contra áreas densamente povoadas, que têm resultado em um número crescente de vítimas civis e danos à infraestrutura, incluindo hospitais, reforça a postura humanitária do governo Lula. Esta posição sublinha a importância do respeito ao direito internacional humanitário e à proteção de civis em qualquer conflito.
Em suma, a nota oficial do Itamaraty, com o endosso do governo Lula, não é apenas um pronunciamento diplomático, mas um claro sinal de apoio à soberania iraniana em face de agressões externas e um apelo urgente à contenção e à busca por uma solução pacífica e negociada para o conflito, reafirmando o papel do Brasil como ator relevante na promoção da paz e da estabilidade no cenário internacional.
Veja a Nota
Ataques a instalações nucleares do Irã
Publicado em 22/06/2025
O governo brasileiro expressa grave preocupação com a escalada militar no Oriente Médio e condena com veemência, nesse contexto, ataques militares de Israel e, mais recentemente, dos Estados Unidos, contra instalações nucleares, em violação da soberania do Irã e do direito internacional. Qualquer ataque armado a instalações nucleares representa flagrante transgressão da Carta das Nações Unidas e de normas da Agência Internacional de Energia Atômica. Ações armadas contra instalações nucleares representam uma grave ameaça à vida e à saúde de populações civis, ao expô-las ao risco de contaminação radioativa e a desastres ambientais de larga escala.
O Governo brasileiro reitera sua posição histórica em favor do uso exclusivo da energia nuclear para fins pacíficos e rejeita com firmeza qualquer forma de proliferação nuclear, especialmente em regiões marcadas por instabilidade geopolítica, como o Oriente Médio.
O Brasil também repudia ataques recíprocos contra áreas densamente povoadas, os quais têm provocado crescente número de vítimas e danos a infraestrutura civis, incluindo instalações hospitalares, as quais são especialmente protegidas pelo direito internacional humanitário.
Ao reiterar sua exortação ao exercício de máxima contenção por todas as partes envolvidas no conflito, o Brasil ressalta a urgente necessidade de solução diplomática que interrompa esse ciclo de violência e abra uma oportunidade para negociações de paz. As consequências negativas da atual escalada militar podem gerar danos irreversíveis para a paz e a estabilidade na região e no mundo e para o regime de não proliferação e desarmamento nuclear. Categoria
Comunicações e Transparência Pública