Tadeu de Souza e David Almeida: A marretada do 70 e a análise que ninguém fez/ Os Coringas da Política Amazonense

Por Rafael Medeiros | TREZZE Comunicação Integrada

Como prometido em análises anteriores, o cenário eleitoral do Amazonas para 2026 tem dois nomes centrais: o vice-governador Tadeu de Souza e o prefeito de Manaus, David Almeida. A movimentação política no estado sugere um jogo de poder que mistura estratégias tradicionais e novas apostas, e vale a pena entender como isso pode se desenhar nos próximos meses.

A Possibilidade Concreta :

A legislação eleitoral permite um caminho claro: se o governador Wilson Lima renunciar até abril de 2026, Tadeu de Souza, como vice, assume o governo e pode concorrer como titular. Essa não é uma hipótese distante — é uma jogada clássica na política brasileira, especialmente em estados onde a máquina pública influencia diretamente as eleições.

E se Souza entrar na disputa, ele terá uma vantagem estrutural: o poder do estado a seu favor. Além disso, a lei permite que, se eleito, ele governe por quatro anos e ainda busque a reeleição. Ou seja, estamos falando de uma possibilidade que pode se estender por quase uma década, dependendo dos rumos políticos.

David Almeida e o Jogo de Longo Prazo:

Enquanto isso, David Almeida, prefeito de Manaus, tem seu próprio tabuleiro. Seu apoio a Tadeu de Souza não seria por acaso: uma aliança entre o governo do estado e a prefeitura de Manaus criaria uma força eleitoral difícil de ser superada. Mas qual o interesse de Almeida nisso?

Uma possibilidade é que Almeida use esse movimento para se projetar para o Senado em 2026, garantindo um mandato longo e se preparando para uma futura corrida ao governo do estado. Essa estratégia já foi usada por outros políticos no Amazonas e no Brasil, como Eduardo Braga, que transitou entre o governo estadual e o Senado.

Almeida tem alta aprovação em Manaus, e seu nome ainda carrega peso em todo o estado. Se ele decidir apoiar Souza, transfere parte desse capital político para a campanha, mas também se coloca em posição vantajosa para seus próprios planos futuros.

O Dilema de Wilson Lima:

Wilson Lima, por sua vez, enfrenta uma decisão crucial: ficar até o fim do mandato e arriscar um desgaste maior ou renunciar em 2026 para tentar uma vaga no Senado, abrindo espaço para Tadeu de Souza.

Historicamente, governadores que optam por renunciar e eleger aliados conseguem manter mais influência política após o mandato. Se Lima escolher esse caminho, pode garantir que seu grupo permaneça no poder, mesmo que indiretamente. Mas se insistir em permanecer até o fim, corre o risco de ver sua base se desgastar e perder espaço no jogo político.

O Poder da Caneta e do Tempo:

O que está em jogo no Amazonas não é apenas uma eleição, mas uma reorganização de forças políticas. Tadeu de Souzae David Almeida são peças-chave nesse processo, e ambos têm instrumentos para definir os rumos do estado nos próximos anos.

Se Souza concorrer com o apoio de Almeida, terá a força do estado e da maior cidade do Amazonas a seu favor. Se Almeida optar por uma candidatura ao Senado, se coloca em rota de crescimento a longo prazo. E Wilson Lima, seja qual for sua decisão, ainda pode influenciar esse jogo.

A única certeza é que, na política amazonense, quem controla o tempo e os recursos tem a vantagem. E, no momento, esses dois nomes — Tadeu de Souza e David Almeida — estão com a caneta na mão.

Tem um adendo de comunicação, onde atuo, não poderia deixar de fora desta singela análise: Quem tá por trás da campanha do 70, é um time dos melhores no marketing eleitoral e os mais bem sucedidos da atualidade. Então, logo penso: “- Não é saudável subestimar a ciência da comunicação!”

Rafael Medeiros | TREZZE Comunicação Integrada

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