Preso há quase 20 anos, o traficante Marco Antônio Pereira Firmino, conhecido como “My Thor”, seguirá detido no presídio de Bangu 3, na zona oeste do Rio de Janeiro.
Ele é apontado como um dos principais chefes do Comando Vermelho (CV) e considerado um dos criminosos mais perigosos do sistema penitenciário carioca. O pedido de progressão de regime foi rejeitado pela Justiça carioca.
Relatórios da Polícia Civil do Rio indicam que, mesmo preso, My Thor continua exercendo liderança dentro da facção. A defesa dele solicitava a progressão de regime, alegando que ele cumpriu grande parte da pena.
Na última semana, a Justiça negou o pedido, apesar de o detento não ter cometido faltas disciplinares nos últimos 12 meses. O histórico criminal dele pesou na decisão: ao longo dos anos, My Thor acumulou 12 punições disciplinares na prisão, sendo seis delas consideradas graves.
“Dada a gravidade em concreto dos fatos criminosos praticados (homicídio, tráfico de drogas, furto, porte de arma, dano, lavagem de dinheiro e corrupção ativa), o tempo remanescente de pena superior a 10 anos e a periculosidade concreta do reeducando, conhecido como líder da organização criminosa Comando Vermelho, conclui-se que não foi preenchido o requisito subjetivo, nos termos do artigo 114, II, da LEP, para um benefício que exige alto grau de comprometimento e responsabilidade”, escreveu o juiz na decisão.
Outro fator que pesou contra My Thor foi uma operação da Polícia Civil dentro do presídio, em agosto do ano passado. A investigação mirava um policial civil suspeito de atuar em parceria com o criminoso na transportação de grandes cargas de cocaína de São Paulo para comunidades do Rio. Os agentes apreenderam três celulares dentro da cela do traficante.