Em meio aos questionamentos feitos por vários países sobre a eficácia da vacina contra COVID-19 do laboratório chinês Sinovac, que desenvolveu a Coronavac, o primeiro-ministro italiano, Mario Draghi, disse nesta sexta-feira, 25, que a vacina anti-COVID-19 da China não funcionou totalmente e questionou se a vacina russa Sputnik será algum dia aprovada pelos reguladores europeus. A informação é da agência Reuters.
“A vacina chinesa se mostrou inadequada. Você pode ver isso pela experiência do Chile no combate à epidemia”, disse Draghi a repórteres no final de uma cúpula da União Europeia. “A vacina russa Sputnik nunca foi capaz de obter a aprovação da EMA (Agência Europeia de Medicamentos) e talvez nunca seja”, disse Draghi.
A Reuters cita o caso do Chile, que “confiou muito” na vacina da Sinovac, mas, hoje, as autoridades do país já questionam sua eficácia contra variantes mais transmissíveis do vírus. Quanto à vacina russa, a Reuters diz que era esperado que a EMA concluísse sua análise do imunizante em maio ou junho, mas a aprovação foi atrasada porque os fabricantes perderam o prazo de 10 de junho para enviar os dados.
Ceará assina acordo para importar Sputnik
O Governo do Ceará fez um acordo para comprar 5 milhões de doses da vacina russa Sputnik V. No dia 4 de junho, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) aprovou o pedido de importação excepcional das vacinas Sputnik V mas com restrição na aplicação da dose em 1% da população. Segundo a Anvisa, a restrição foi para facilitar as medidas de controle e supervisão dos efeitos.