O dia 20 de janeiro é dedicado a São Sebastião, padroeiro contra pestes, guerras e outros flagelos. Por isso, em plena pandemia da covid-19, fiéis em Belém e em municípios do interior do Estado prestarão homenagem ao santo, por meio de traslados com a imagem do padroeiro e outras expressões de fé.
Em Manaus os festejos tradicionais no baiorro de São Jorge deve ocorrer virtualmente devido a pandemia, os terreiros de Umbanda fazem suas obrigações no privado. No Amazonas as cidades de Atalaia do Norte, Caapiranga e São Sebastião do Uatumã se destacam com suas tradicionais homenagens.
No Pará: No domingo, o Município de Santa Bárbara realizarã o Círio de número 90 em louvor a esse personagem da Igreja Católica.Tudo de acordo com os protocolos de prevenção ao novo coronavírus, ou seja, sem aglomeração de pessoas.
No Rio de Janeiro: A imagem do santo com o corpo cravejado por flechas, mas que não deixa de professar a sua fé, marca a história da cidade do Rio por meio de várias crenças. Para representantes de várias religiões, São Sebastião é um representante do espírito carioca, já que possui uma história que reúne fé e luta pelos seus objetivos. No dia de hoje (20) Celebra-se o dia do padroeiro da cidade, gravado até no nome do município de São Sebastião do Rio de Janeiro.
Pelo sincretismo religioso, no Rio de Janeiro, São Sebastião é correlacionado ao orixá Oxóssi. O pai-de-santo Paulo de Oxalá, do Candomblé, explica a relação e concorda que ele é representação de parte do caráter do povo carioca.
“Há uma correlação que foi feita pela Umbanda, que é sincrética. São Sebastião é correlacionado com Oxóssi, que é o caçador, que é um orixá de caça e luta. É o orixá da fartura e da prosperidade.
“Eu creio que São Sebastião Oxossi representa a fartura e a cura espiritual que tanto o povo brasileiro precisa nesse momento de pandemia e guerra espiritual, explicou o Babalorixá de Umbanda e Diretor do Portal Chumbo Grosso”, Ronaldo Aleixo.
Sebastião nasceu na França em meados do século II. Com a família, ele se mudou para a Itália e passou a integrar a guarda do Império Romano. Convertido ao Cristianismo e ferrenho defensor de sua fé, despertou a ira do imperador Diocleciano, que empreendeu sangrenta perseguição aos cristãos.
Ao afirmar diante do imperador ser temente a Cristo, o jovem soldado foi amarrado em um tronco e atacado com flechas pelos arqueiros da guarda. Dado como morto, teve o corpo abandonado no local de seu primeiro martírio. Foi salvo por uma mulher, reconhecida pela Igreja Católica como Santa Irene. Ela percebeu que ele estava vivo ao recolher o corpo para prepará-lo para o enterro.